Patrimônio
PMNT
O patrimônio não vive sem a educação patrimonial, nem mesmo administradores privados e públicos poderiam viver sem ele. Patrimônio parece coisa feita pelas mãos de nossos pais, de nossos antepassados que de lá de onde estejam acreditam que perduram em nossa memória, a altura do caráter e sentido de comunidade, de quando nos confiamos em trocar o que sabemos com os demais, e então criamos esta vontade de permanência naqueles ícones que nos representam, mesmo a placa de um dia da árvores que um homem público fez pôr lá, ou personalidades como Bataclã que não se esquece o tipo jamais, mesmo o fato de o Batel surgir de um batel deixado lá depois da festa de marinheiro cantador ou que, a mulher nua, de pedra devia ser colocada no lugar da vontade do artista, ou que o nome da escultura no largo Coronel Enéas é Água Pro Morro, e quem fez isso e aquilo, a boca maldita e a obra do Elvo, o Passseio Público solitário e sem parte de suas cercas antigas, e assim vamos àquela casa que esperam cair para que a família venda o terreno ou se construa sobre as tábuas cansada de um avô carpinteiro uma loja qualquer. O passado é apenas o fôego que nos faz mais confiantes hoje, se não tivermos nada dele, nem teremos identidade alguma para nos sentirmos verdadeiros, críticos, criadores de realidades.
É mais que pena. Parece que perdemos o Stuart, não é mesmo?
O Cachorro Quente está ao contrário? A Cometa se foi – fui lá comer meu último sanduba. Não pense que não tem nada a ver com a perda da praça -, a Schaffer, e aqueles recantos que deve lembrar bem mais e melhor que eu:
Como você bem diz e o faz com a ternura de cidadão que caminha, que sabe onde estão os lugares por onde anda. Precisamos aprender a musealizar os lugares dos nossos encantos, ou das nossas mais duras lembranças, fazer reverter do papel timbrado, de uma palavra solta toda uma verdade em marcha que vem de um passado maravilhoso, inusitado nas fazer sempre melhores.
Um abraço