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O PALÁCIO DA VONTADE

O PALÁCIO DA VONTADE O museu como lugar da comunicação do conhecimento O alojamento dos bens culturais, aqueles materiais e imateriais, a substância da experiência no ambiente do Museu. Os espaços de museu possuem um caráter de proteção e de atualização, lugares de encontros dos pares, do embate claro dos resultados e das emanações laboriosas da experiência. Os ambientes são tomados por criações artísticas culturais para facilitar a acolhida das pessoas e dos objetos (materiais e imateriais) que possam em sua exposição, pelo estado técnico de sua construção ou narrativa, pelo estado de conservação e cuidados de guarda, sobre a existencialidade em que promove algum circuito que tem por fim a preocupação de recepcionar. pessoa. E acolher é justamente depor no espaço reservado - no museu propriamente -, a colheita. Assim podemos referenciar que a medida da colheita deve ser construída na proporção da acolhida. Juntar as sementes de acordo com o tamanho qualificad...

O HOMEM DO TEMPO (THE WEATHER MAN)

O filme começa com a mesma intenção de dar fim a um sentido, de levá-lo ao resultado de ganho e perda. A miséria do pai, de uma posição tão importante cuja importância não mais importa. Não poderia ele mesmo ser o que quer que seja em referência a um mestre, um verdadeiro sábio que levasse algum caminho. A morte planejada, as desculpas de um fim de semana, o fim organizado não determina essa personalidade esperada que as imagens não mostram Não desejava ter visto o que vi. Não as exigências, a retensão de um segredo, parece a glória da ignorância, o lugar comum da suburbanidade em seu arquivo X. O que foi mais trágico, não o ridículo, mas a pouca mensagem de afeto ou a vazão equilibrada de um sentimento. O fato da estupidez da pata de camelo por exemplo não ajudam. A organização do filme não o leva a uma vitória, nem mesmo à perda. Não se constrói. Alguma verdade houvesse. O arco e a flexa de um arqueiro que não poderia chegar a uma conclusão a meio caminho. Eles não se ...

INTERVENÇÃO DE DENTRO

Talvez você possa achar que um travesseiro no mar não tenha nenhum significado. Na verdade tem alguns possíveis como você mesmo também pode achar. Se imaginarmos um travesseiro no mar, seguindo a corrente num destino mais ou menos claro ou de certa forma indefinido porque o mar levaria a quem o vê a um território próprio de quem assiste o acontecimento. Podem pensar muitas coisas e podem não definir nadas. Mas tem essa moleza de mar e de ondas boas em que um travesseiro dormita sossegado aguardando que alguém descanse nele, não seria bom imaginar o mar como um lugar de abrigo onde se pode deitar e partir num travesseiro mundo afora? Quem se deita nesse descanso? Nessa proteção e aconchego feminino que é o mar em nos oferecer o seu regaço? O trabalho da artista Gabriele Gomes tem um tanto disso, um deslocamento das coisas cotidianas que são sinestésicas, possui algo o mais do que a aparência de ser o que são. O travesseiro ao mar, o leite derramado, a purpurina...

LOS ABRAZOS ROTOS DE ALMODOVAR

A revelação da arte se realiza com a conformação da cor, e a expressão da cor condiz com a personalidade do artista, e o uso da luz tenciona os objetos a um sentido. Los Abrazos Rotos se ilumina com as formas significativas nas personagens que definem um caminho, uma direção cujo sentido está determinado. A trama parece simples mas é lotada de simbologias. A história conta que Lena deseja ser atriz, e tentou isso antes e acabou prostituta. Conquistou o dono da empresa Ernesto Martel (combatente) onde trabalha como secretária bilingue e pode galgar certa posição social. O dono da empresa a queria junto de si como um desejo que não se extingue. Podia fazer o que bem quisesse conquanto não saísse de seu patrocínio. Assim um cineasta também a deseja como forma da beleza, e sabe que a tendo teria o patrocínio que viria junto. Beleza e dinheiro em verdade, somam-se num negócio de resultados no caso do filme. Ele se apaixona pela atriz e ela por ele. O patrocinador pede a seu fil...

MOSAICO OLHARES CURITIBANOS

O Centro de Criatividade de Curitiba possui várias atividades artísticas culturais, e todas participam no final de cada ano de exposição coletiva, mostra dos trabalhos de professores e alunos. A diversidade de pessoas e suas experiências de vida que freqüentam os ateliers promovem uma integração e intercâmbio de valores, saberes que ampliam o olhar através da criatividade. E entre tantas idéias, vontades não ditas, e as manifestas, surgiu em nosso atelier Curso de Mosaico a motivação para se realizar um painel no Centro de Criatividade. A proposta, mais que uma ação pedagógica do ensino motivou os alunos a buscarem temas, a encontrarem algo que pudesse ser uma homenagem ao Centro de Criatividade, um lugar que promove a criação e a realização da arte. Um mosaico pequeno, bem estruturado com variações de textura e cores não é algo que se faça da noite para o dia, e um painel, antes de tudo devido a sua dimensão é uma proposta para se pensar na sua execução. Entre tantas ...

INTERVENÇÃO NO TEMPO

http://images.google.com.br/images?hl=en&source=hp&q=Christo+e+Jeanne-Claude&btnG=Search+Images&gbv=2&aq=f&oq=   Você nunca imaginaria que alguém pudesse embrulhar uma montanha ou que talvez, deixasse tantas sombrinhas num campo que fosse impossível imaginar algo parecido, mesmo um sonho que tivéssemos como referência. Tudo bem, Christo e Jeanne-Claude que são duas em uma só pessoa criadora: eles mesmos! Bem, fizeram isso e muito mais, como envolveram uma ilha com tanta dinâmica e força imaginativa que ficou para sempre na memória onírica das pessoas. Tudo aquilo que se poderia imaginar sendo feito por computador foi à luz do dia realizado. A obra de arte dimensionada desta maneira pode ser considerada com uma intervenção no espaço natural, no espaço das pessoas nos ambientes urbanos como arte minimal no senso sintético de sua representação, aquilo tudo que poderia ser referido colocado num só extasiante circuito. A possibilidade da obra dá-se no ...

A IMPORTANCIA DE DAVI

          Faz tempo que o fator “aura” que Walter Benjamim nos mostrou foi despedida da função autoridade e  autenticidade da obra de arte.  Diferente do que se possa entender sobre objetividade autoral a respeito da criação, em se buscar a “obra prima” ou uma autoria definitiva no estilo, na forma, na estrutura a obra/ cópia (e não réplica que se refere ao autor como autoduplicação) de Miguelangelo do Café Maria tem as mesmas condições senão por similaridade, replicantes à sua constituição. Definitivamente, a obra de arte é um fazer artístico que realiza a sua quantidade em sua univocidade. No estado da modernidade adiantada como em Giddens (1991) “A confiança nos outros é desenvolvida em conjunção com a formação de um senso interno de confiabilidade, que fornece ulteriormente uma base para uma auto-identidade estável.” Em se tratando de obra artística, o outro escondido em seu “cinzel” no passado, o próprio Miguelangelo, está multiplicado e ...